quarta-feira, 6 de junho de 2012
RIO PARAGUAI
Foi nas margens do Rio Paraguai que a cidade de Corumbá se ergueu e movimentou a sua economia. Hoje o rio serve como porta de passagem para aqueles que buscam a aventurara pelo pantanal, mas é nessas mesmas margens que podemos encontrar o protagonista da nossa história.
Um menino de 10 anos, filho, neto é fruto de uma longa geração de pescadores e fazendeiros, tem no seu sangue uma carga de anos de homens que viveram em contacto directo com a natureza.
Desde pequeno, o menino esperto e hiperativo cresceu nas margens do Rio Paraguai. Seu pai, pescador profissional, entregou ao menino um dos seus primeiros e eternos brinquedos: uma varinha de pesca. O menino logo cedo mostrou ter o dom para a coisa, a união entre o homem e a natureza foi crescendo dentro dele, uma ligação tão forte que ninguém nunca conseguiu separar, e muitas vezes ele era obrigado pela mãe a sair de perto do rio após passar horas e até o dia inteiro em contacto com as águas e tudo a sua volta.
Ele encontrou na natureza a sua diversão, a pescaria e o banho no rio, são as suas brincadeiras favoritas, para ele não tem nada melhor do que isso, em casa podemos encontra-lo pelos cantos com muitos animais de brinquedos, que servem para matar a saudade das férias que passa na fazenda dos avós, onde se sente em casa, esquece toda a tecnologia, esquece toda a civilização, e por ele viveria a sua vida inteira entre as árvores e os animais, em contacto directo com natureza.
Sempre teve a consciência de que respeitar o ambiente é necessário, aprendeu a ter compaixão pelo menor dos seres vivos. Certo Dia, numa das suas pescarias, o menino encontrou uma pequena cobra que estava nos seus últimos minutos de vida. O animal que parecia agonizante comoveu o menino, que não pensou duas vezes, a má fama das cobras não o intimidou, pegou em algumas folhas de aguapés, enrolou o animal, e levou-o para casa para tentar ajudar. Ao ver que nada podia fazer, lacrimejou os olhos, e chorou perante a sua incapacidade, mas o menino somente pelo gesto se tornou um pequeno Herói.
Enquanto ainda houver crianças como este menino, que tenham consciência da responsabilidade que o homem tem sobre a natureza, e que dela sempre fizemos parte, ainda haverá esperança de construirmos um mundo melhor para todos, crescendo com respeito ao nosso planeta, e mostrando que ainda há futuro para a humanidade.
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