quarta-feira, 6 de junho de 2012
RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI

RIO PARAGUAI

RIO PARAGUAI
CÁCERES - MATO GROSSO
A “Princesinha do Rio Paraguai”, como é conhecida, está localizada à margem esquerda do rio Paraguai. No século passado, grandes fazendas produziam açúcar, cachaça e carne. Jacobina, Descalvados, Barranco Vermelho, Ressaca e Facão são algumas das que transformaram a cidade, na época, em um grande pólo do comércio internacional.
Muitas delas, ainda de pé, desafiam o tempo como testemunho do poderio e esplendor do passado. A casa grande, a senzala, a capela com imagens trazidas da Europa, representam verdadeiros símbolos da pujança econômica do passado em pleno Pantanal.
A cidade é também muito conhecida por disponibilizar ao turista um maravilhoso rio de pesca abundante, atraindo milhares de pescadores durante o período em que é permitida a pesca. Possui dezenas de embarcações, conhecidas como Chalanas, destinadas aos turistas durante o ano todo para pesca e passeios.
Todo ano no mês de Setembro, acontece o maior evento da cidade e da Região Oeste do Estado de Mato Grosso: o Festival Internacional de Pesca de Cáceres. Uma grande festa conhecida no Brasil e no mundo inteiro como o Maior Festival de Pesca em água doce do Mundo, segundo o Guinness Book, atraindo milhares de pessoas de diversos lugares todos os anos.
LOCALIZAÇÃO: Cáceres está a 215 Km de Cuiabá, capital de Mato Grosso.



RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI
Foi nas margens do Rio Paraguai que a cidade de Corumbá se ergueu e movimentou a sua economia. Hoje o rio serve como porta de passagem para aqueles que buscam a aventurara pelo pantanal, mas é nessas mesmas margens que podemos encontrar o protagonista da nossa história.
Um menino de 10 anos, filho, neto é fruto de uma longa geração de pescadores e fazendeiros, tem no seu sangue uma carga de anos de homens que viveram em contacto directo com a natureza.
Desde pequeno, o menino esperto e hiperativo cresceu nas margens do Rio Paraguai. Seu pai, pescador profissional, entregou ao menino um dos seus primeiros e eternos brinquedos: uma varinha de pesca. O menino logo cedo mostrou ter o dom para a coisa, a união entre o homem e a natureza foi crescendo dentro dele, uma ligação tão forte que ninguém nunca conseguiu separar, e muitas vezes ele era obrigado pela mãe a sair de perto do rio após passar horas e até o dia inteiro em contacto com as águas e tudo a sua volta.
Ele encontrou na natureza a sua diversão, a pescaria e o banho no rio, são as suas brincadeiras favoritas, para ele não tem nada melhor do que isso, em casa podemos encontra-lo pelos cantos com muitos animais de brinquedos, que servem para matar a saudade das férias que passa na fazenda dos avós, onde se sente em casa, esquece toda a tecnologia, esquece toda a civilização, e por ele viveria a sua vida inteira entre as árvores e os animais, em contacto directo com natureza.
Sempre teve a consciência de que respeitar o ambiente é necessário, aprendeu a ter compaixão pelo menor dos seres vivos. Certo Dia, numa das suas pescarias, o menino encontrou uma pequena cobra que estava nos seus últimos minutos de vida. O animal que parecia agonizante comoveu o menino, que não pensou duas vezes, a má fama das cobras não o intimidou, pegou em algumas folhas de aguapés, enrolou o animal, e levou-o para casa para tentar ajudar. Ao ver que nada podia fazer, lacrimejou os olhos, e chorou perante a sua incapacidade, mas o menino somente pelo gesto se tornou um pequeno Herói.
Enquanto ainda houver crianças como este menino, que tenham consciência da responsabilidade que o homem tem sobre a natureza, e que dela sempre fizemos parte, ainda haverá esperança de construirmos um mundo melhor para todos, crescendo com respeito ao nosso planeta, e mostrando que ainda há futuro para a humanidade.
RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI PODE ATINGIR NÍVEL MÍNIMO EM DEZEMBRO /
O rio Paraguai pode atingir o nível mínimo aproximado de 70 cm na semana do dia 15 de dezembro. A estimativa é do pesquisador Carlos Padovani, da Embrapa Pantanal, que vem acompanhando o nível das estações deste rio.
Ele explica que todas as estações de medição acima da régua de Ladário já estão chegando ao nível mínimo, o que indica que esta régua segue a mesma tendência.
De acordo com o pesquisador, 70 cm é um nível pouco frequente, mas faz parte da normalidade do rio Paraguai. Para se ter uma idéia, desde 1900 o rio Paraguai já registrou o nível de 70 centímetros ou abaixo, 32 vezes. No período seco pelo qual passou o Pantanal, de 1962 até 1973, todos os doze anos apresentaram níveis abaixo de 70 centímetros. De 1900 até 1961, níveis abaixo de 70 centímetros ocorreram 20 vezes e após 1973, nenhum ano apresentou níveis de 70 centímetros ou abaixo. O nível mais baixo registrado pela régua de Ladário desde 1900, foi em 1964, com a marca de -61 centímetros, ou seja, 61 centímetros abaixo do nível zero da régua.
Padovani explicou que o nível mínimo pode prejudicar a navegação de grandes embarcações, que não adequadas às características do regime de enchentes e secas do rio Paraguai. A fauna e a flora da bacia hidrográfica estão adaptadas a situações como essa. Como de costume, o nível baixo ocorreu em função da estiagem das chuvas, que apesar de não ter sido uma das mais severas, foi acentuada e contribuiu para os níveis observados atualmente.
O ano de 2012 vai começar com a enchente do rio, o que faz parte do ciclo de inundação do Pantanal, de acordo com o pesquisador da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Fonte: Ana Maio/ Embrapa Pantanal [Foto: Divulgação]
RIO PARAGUAI
Os rios Paraguai e Paraná / Os rios Paraguai e Paraná são os principais cursos d’água da chamada bacia da Prata, a segunda maior da América do Sul, depois da Amazônica (2.800.000 km²), fluindo através do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina, e Uruguai. O Paraná nasce nas terras altas do leste do Brasil, enquanto que o Paraguai corre do Mato Grosso e da região do Chaco. O Paraná corre por 4.695 km (aproximadamente 3.000 milhas), escoando no estuário da Prata, próximo a Buenos Aires e Montevidéu.
Há 130 barragens de mais de 10 metros de altura na bacia do rio Paraná, atingindo o Paraná e seus tributários (os rios Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, e Iguaçu). Por outro lado, o rio Paraguai não tem barragens e é a artéria central do Pantanal, o maior ecossistema tropical de planícies inundáveis.
As principais ameaças ao sistema do Paraguai–Paraná são os planos dos governos da região de canalizar 3.400 km dos rios para uma via industrial, ou hidrovia para diminuir os custos da exportação de soja, e os planos de novas hidrelétricas, incluindo a barragem de Corpus no rio Paraná (Argentina/Paraguai), a usina Garabí, no rio Uruguai (Argentina/Brasil), e a elevação do reservatório de Yacyretá (Argentina/Paraguai) ao nível máximo projetado no desenho inicial da barragem.
RIO PARAGUAI
Rio Paraguai tem boa saúde ambiental /
O Rio Paraguai, em Corumbá, e ao longo de toda a Bacia do Alto Paraguai, apresenta, ainda, uma boa qualidade ambiental ou “saúde ambiental”. A constatação é da bióloga da Embrapa Pantanal, Débora Fernandes Calheiros, que há 17 anos desenvolve pesquisas relacionadas à Ecologia de Rios e Áreas Inundáveis na região. Entretanto, ela afirma que suas pesquisas já indicam a presença de níveis diferenciados de contaminação por coliformes fecais (presentes nas fezes humanas e de outros animais de sangue quente) resultante do lançamento de esgotos domésticos, metais pesados, pesticidas, e fertilizantes químicos nas águas do principal rio pantaneiro e de seus afluentes.
A pesquisadora, junto com uma equipe de trabalho, realiza a análise da qualidade da água, avaliando a influência da hidrologia do sistema (pulsos de seca e cheia na região), um dos principais fatores que regem a ecologia do Pantanal, trazendo os nutrientes, alterando as características físico-químicas e a composição biológica (o plâncton; zooplâncton e fitoplâncton, que flutuam e servem de alimento para os peixes) das águas para avaliar o estado de “saúde” ou “não-normalidade” de águas dos rios e baías. Os estudos ainda analisam a composição das espécies que vivem nos sedimentos dos fundos dos rios e lagos da região que também são alimentos para os peixes.
O grupo de pesquisa em Limnologia da Embrapa Pantanal, tem realizado o monitoramento da qualidade das águas em mais de 20 rios de toda a Bacia, desde Cáceres, em Mato Grosso, até Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, e ao longo do rio Paraguai. Os resultados auxiliam na avaliação da entrada de nutrientes, seja de forma natural ou pela ação do homem (via uso de fertilizantes), de pesticidas (“venenos da lavoura”), do material em suspensão – solo exposto e sem a proteção das matas ciliares levado nas enxurradas para dentro d’água – que acabam agindo para o assoreamento (entupimento) gradativo dos rios.
Pelo fato do rio Paraguai ser um rio “relativamente grande” ele ainda tem condições de “incorporar” os nutrientes (provenientes de esgotos e do uso de fertilizantes, por exemplo) e utilizá-los como energia para o sistema. As grandes distâncias entre as aglomerações urbanas como Cáceres, Cuiabá e Corumbá, permitem a “autodepuração” das águas minimizando as alterações feitas pelo homem, observou. “Ainda é um rio que apresenta qualidade ambiental porque os seus processos ecológicos estão mantidos”, ressaltou. Mas Débora Calheiros alerta: “À medida que o poluirmos cada vez mais, tais processos passarão a ser alterados, a capacidade de se autodepurar diminui e o rio começará a ficar debilitado, da mesma forma que ocorre com a saúde de uma pessoa. O Rio Paraguai ainda comporta, por exemplo, os esgotos de Corumbá, Ladário e das cidades na fronteira com a Bolívia. Mas até quando?”, observou e questionou a bióloga.
Embora o rio Paraguai apresente ainda a chamada “saúde ambiental”, a pesquisadora alerta para a preocupação com a sua conservação. “À medida que a população aumenta, a poluição por esgotos irá aumentar, o ideal é prevenir para que não se contamine o rio”, salientou ao lembrar que o rio Paraguai recebe carga de uma aglomeração populacional de cerca de 150 mil pessoas, ao se incluir todas essas cidades na região de Corumbá.
Coliformes e pesticidas
Débora Calheiros relatou que trabalhos da Embrapa Pantanal acusaram a existência de contaminação do rio Paraguai por coliformes fecais (provenientes das fezes), nas áreas dos portos corumbaense e ladarense. “A contaminação é maior nestas áreas de remanso, onde a água é mais lenta. No canal principal isso não acontece porque o rio flui rapidamente e os nutrientes fecais são incorporados ou utilizados na cadeia alimentar (bactérias, plâncton e peixes, por exemplo) do sistema. Mas isso se torna preocupante, pois estas áreas são áreas de lazer e pescaria, expondo às pessoas a doenças”.
Uma das soluções sugeridas pela bióloga seria, em curto prazo, a construção de um emissário de esgoto que lançasse os nutrientes “mais para dentro do rio e não na borda”. Contudo, em médio e longo prazo ações efetivas de saneamento básico, com implantação da rede de coleta e do tratamento de esgotos, são primordiais. Outra preocupação, dentro dessa conjuntura, é com os córregos urbanos da região, que se encontram em situação degradante de poluição, com esgotos, lixo, animais mortos, e entulhos. “A água é primordial para a vida e para a sustentabilidade do planeta, e nós a estamos desrespeitando profundamente”, destacou.
O uso de pesticidas (herbicidas, inseticidas, fungicidas) já causa contaminação nos rios formadores da Bacia do Alto Paraguai que drenam para o Pantanal. Estudos realizados desde 2000 pela equipe da bióloga, em parceria com a pesquisadora Eliane Dores, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), já apontaram a presença desses compostos. “Os índices ainda não são altos, mas o simples fato de terem sido detectados indica que estão no sistema. A toxicidade dos compostos utilizados na região é crônica, afetando os organismos lentamente”, ressaltou. Segundo ela, esse tipo de contaminação pode comprometer, por exemplo, “a reprodução dos peixes, por afetar negativamente a fertilidade de machos e fêmeas”.
Contribuiria para evitar um quadro desastroso para a Bacia, o simples “respeito à legislação e a utilização das boas práticas agrícolas, com o uso responsável dos recursos naturais, solo e água, de acordo com as normas ambientais”. A conservação das matas ciliares e das nascentes, a implantação de curvas de nível; o uso de fertilizantes e pesticidas em bases técnicas e evitar ou diminuir os desmatamentos são ações, que segundo ela, ajudariam o Pantanal a resistir à ação agressiva do homem. Segundo a ONG Conservação Internacional, o desmatamento já atingiria a faixa de 17% do Pantanal e, se seguir a progressão, o desmate completo da planície aconteceria em 45 anos, informou.
Desenvolvimento
Os projetos de desenvolvimento para a região, como a implantação de usinas de álcool – que foi barrado pela Assembléia Legislativa – bem como o de usinas termoelétricas e de pólos siderúrgico e gás-químico têm alto potencial de elevar os índices de poluição da água, do ar e do solo nas regiões envolvidas, e esta poluição pode se espalhar rio abaixo, esclareceu.
“Estamos no coração do Pantanal e temos que nos preocupar, pois cada vez mais estamos ameaçando a saúde ambiental desse ecossistema e, principalmente, a nossa saúde e a nossa qualidade de vida. O lado negativo desses projetos deve ser informado para a sociedade e com direito a ampla discussão”, afirmou a bióloga.
Débora Calheiros frisou que o rio Paraguai que ainda tem “certa qualidade ambiental”, suportando alguns impactos das atividades humanas, pode ter a “vitalidade” comprometida com o aumento da quantidade e da qualidade desses impactos. “Aos poucos, vamos minando a saúde do sistema. Nos últimos dez anos os processos de degradação se aceleraram e a situação se complicou em toda a Bacia”. A pesquisadora acredita que o ideal seria “um mutirão, uma força-tarefa” para conservar o Pantanal. “Todos temos que dar nossa parcela de contribuição e de responsabilidade, mas precisamos também da vontade política”.
Outros impactos
Há outros impactos que afetam a manutenção da dinâmica das águas na região, de acordo com avaliação de Débora Calheiros. No rio Paraguai, a navegação irregular provoca a batida das barcaças nas margens causando desbarrancamento e aumentando o assoreamento do leito. Na Bacia, além das barragens para a geração de energia em Usinas Hidrelétricas já existentes, em Mato Grosso, estão previstas mais 46 usinas, entre pequenas e médias. Esta série de barragens tem, em conjunto, o potencial de alterar o pulso de inundação do rio Paraguai, o principal rio do Pantanal.
“O pulso de inundação rege o sistema Pantanal, e os impactos ecológicos e econômicos decorrentes de sua alteração são imprevisíveis. Ele também é um dos fatores que mantém a produtividade pesqueira da região, na qual se baseiam duas das principais atividades econômicas da região, a pesca profissional e o turismo de pesca”, concluiu.
Fonte: Marcelo Fernandes
Correspondente do Jornal Correio do Estado e do site Corumbá on-line - matéria extraída do site www.corumbaonline.com.br - 22/03/2006
RIO PARAGUAI
Assim como o rio Nabileque, o rio Paraguai-Mirim não se trata de um rio, apenas um braço do rio Paraguai que tem sua boca no km 1652, acima de Corumbá e sua barra no km 1495, abaixo da mesma cidade. Suas águas após adentrar o pantanal de Paiaguás, recebem vários corixos menores, somadas a afluentes como o Negrinho, e recentemente também as águas do rio Taquari. À primeira vista, pode ser estranho, nesta região estar A falar de águas do Taquari. Explico: no início do ano de 1994, das chuvas de verão nas cabeceiras, a força da correnteza do rio Taquari desviou o seu curso na altura da boca do Zé da Costa. A partir daí, o maior volume d'água que caía para as bandas das fazendas São Sussi, Lourdes e Palmeiras acabou desviando para a Colônia São Domingos e chegando ao Paraguai-Mirim, engolindo o rio Negrinho. Hoje, o Taquari da Nhecolândia, o que desemboca no rio Paraguai na altura do Porto da Manga, fraqueja, esvai-se, mingua e perde forças. Navegando pelo rio percebe-se os sinais: tem seus dias contados.
Por outro lado, a soma das águas do rio Taquari às águas do Paraguai-Mirim tornou-o mais piscoso. Para quem visita Corumbá, uma das opções de pesca é o rio Paraguai-Mirim. O pacú, piaussú e o dourado são os peixes mais encontrados ali. A região, por ser formada de inúmeros corixos, é propícia ao turismo contemplativo, fotográfico e aventureiro.
RIO PARAGUAI
O trecho do rio Paraguai, de Corumbá a Cáceres é constituído de material facilmente erodível, há sensíveis mudanças de canais e profundidades de ano para ano. Estima-se, porem, em um ano hidrológico médio, estejam sempre acima de 1 m (pouco mais de 0,90 m) permitindo o tráfego em qualquer época do ano de embarcações com 0,90 m de calado e em 85% do tempo com 1,22 m de calado. - Entre Descalvado e Cáceres, as profundidades mínimas podem cair até a 0,60 m só permitindo então a passagem de pequenas embarcações. Em um ano hidrológico médio, embarcações com 0,45 m de calado podem trafegar com segurança todo o ano e embarcações com 0,60 m de calado cerca de 90% do tempo.
Período de Estiagem: Julho a dezembro / Informações Suplementares: Há outras dificuldades menores para a navegação tais como: margens baixas e alagadiças que levam à perda do canal em águas altas; vegetação e troncos flutuantes, que podem causar, nas cheias, avarias às embarcações (especialmente ao sistema de propulsão); dificuldades de encontrar o canal navegável à noite, etc. Devido a essas e outras dificuldades, a navegação é interrompida à noite no trecho entre os quilômetros 1.422 e 1.330, em águas baixas, durante 25% do tempo (91 dias).
RIO PARAGUAI
A Bacia do Rio Paraguai
A Bacia do Paraguai está localizado no centro da América do Sul e é compartilhada por Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai. O rio Paraguai é um afluente do rio Paraná. A área da bacia é de cerca de 1,1 milhões de km2. Na Argentina, a província de Formosa, parte das províncias de Chaco, Salta e Jujuy estão localizados dentro da bacia. Na Bolívia, a porção oriental do departamento de Santa Cruz, a maioria dos departamentos de Chuquisaca, Oruro, Potosí e Tarija estão dentro da bacia. No Brasil, a bacia abrange a porção sul do estado de Mato Groso e da metade ocidental do Mato Grosso do Sul. Finalmente, a maioria do Paraguai está dentro da bacia, com excepção dos departamentos mais oriental do Alto Paraná e Itapúa.
Clima nesta área varia de tropical no norte da bacia subtropical no sul. Precipitação anual varia de cerca de 1700 mm na borda nordeste em menos de 400 mm no Chaco paraguaio, no oeste do Paraguai até mesmo para menos, no oeste da Bolívia. No centro da bacia, a precipitação anual em torno de 900 mm. A maior parte da superfície da bacia é plana, com exceção de um planalto no extremo leste da parte brasileira ea parte andina da Bolívia e Argentina. A cobertura vegetal é principalmente de savana, mas na porção ocidental é composta por caatinga no Paraguai e vegetação do deserto no oeste da Bolívia. A floresta mais importante é o "bosque Chiquitano" na Bolívia, mesmo na margem ocidental do rio Paraguai.
A importância política da bacia varia entre os países. Mesmo que uma grande fração da bacia está localizada no Brasil, representa apenas 4% do país, enquanto quase toda a superfície do Paraguai está contido na bacia. Não há contagem oficial da população da bacia, mas pode ser estimada em pelo menos 9 milhões de habitantes (refs). Urbanização varia de 61% no Paraguai e 92% na Argentina (UNFPA, 2010).
As maiores cidades da Bacia estão no Brasil Cuiabá (~ 550 000) e Várzea Grande (~ 240 000), no Paraguai, Assunção (~ 515 000) e San Lorenzo (~ 205 000), na Bolívia, Sucre (~ 280 000 ) e Oruro (~ 215 000) e na Argentina San Salvador de Jujuy (~ 240 000) e Formosa (~ 210 000). Argentina e Brasil desfrutar de relativa estabilidade política. No Paraguai, após 61 anos de sentença, o governista Partido Colorado foi derrotado em 2008 e Lugo Presidente da Aliança Patriótica para a Mudança assumiu o poder. Isso causou um certo tumulto nas instituições paraguaias. Na Bolívia, há uma divisão de longa duração político entre a região andina ea região comum, que causa a instabilidade política no país.
A maior parte da economia da bacia está baseada na agricultura, pecuária e serviços, mas também, em certa extensão de processamento de alimentos, indústria de transformação e turismo. Mineração, principalmente de ferro e manganês, é uma atividade crescente. Em um contexto de grãos no mundo e aumento da demanda de carne, o agronegócio está crescendo em toda a bacia. A demanda mundial por aço também está aumentando sua produção e na margem do rio Paraguai no Brasil e na Bolívia está aumentando.
Essas atividades estão causando diversos impactos ambientais, principalmente ligadas ao desmatamento, como erosão e assoreamento, mas também associada ao uso excessivo dos recursos hídricos e urbanos alastrando. A mudança climática é susceptível de agravar esse cenário por duas razões. Em primeiro lugar, contribui para a crescente demanda de produtos agro-combustíveis (etanol e biodiesel), que é susceptível de causar mais desmatamento. Em segundo lugar, nos cenários do IPCC que é o aumento da temperatura sobre a 4 ° C, precipitação anual inalteradas, mas as estações mais secas e curtas estações molhadas associadas com eventos mais extremos, mais erosão e assoreamento podem ser previstas.
RIO PARAGUAI
A Bacia do rio Paraguai consiste no conjunto de todos os recursos hídricos convergindo para a área banhada pelo rio Paraguai e seus afluentes. Esta é uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro. A área total da bacia é de 1.100.000 km² e abrange áreas dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul bem como três países vizinhos: Argentina, Paraguai e Bolívia.
O rio Paraguai é o principal rio deste conjunto. Nasce em território brasileiro, nas Chapadas dos Parecis, no estado de Mato Grosso com o nome de “Paraguaizinho”, e em um de seus trechos mais ao sul serve de demarcador de fronteira com a Bolívia. Seu nome é de origem guarani, e significa “um grande rio”, e mais tarde o nomdo rio batizou o país que hoje conhecemos como Paraguai. A foz do rio encontra-se no rio Paraná, sendo que a navegabilidade em suas águas é satisfatória próximo a Cáceres, Mato Grosso do Sul até a foz do rio Apa, delimitador da fronteira entre Brasil e Paraguai.
A curiosidade da navegação em seu trajeto é a extrema sinuosidade de seu curso, em especial na região do Pantanal, tornando viagens a distâncias relativamente próximas muito mais demoradas do que o habitual. Estima-se que da região do Pantanal até o Oceano Atlântico, seguindo o curso do rio Paraguai, leva-se cerca de seis meses de viagem.
A bacia pode ser dividida em duas regiões:
A região de Planalto, que abrange terras acima de 200 m de altitude;
A região do Pantanal (no Paraguai, o pantanal local recebe o nome de “chaco”), de terras de menos de 200m de altitude;
O Pantanal está sujeito a inundações periódicas, assumindo desse modo a função de verdadeiro “reservatório” dos rios do conjunto. As cheias da bacia ocorrem ao longo de vários meses, caracterizando um lento escoamento das águas no Pantanal. Tal fenômeno deve-se à complexa combinação das várias planícies, cujas lagoas e baías funcionam como reguladores de vazão, acumulando água e amortecendo a elevação do nível durante as cheias e cedendo águas durante a recessão.
Predominam na área os biomas do Cerrado (região de Planalto) e do Pantanal. É importante notar que as atividades agro-industriais na região, bem como a prática da mineração estão provocando o aumento de áreas desmatadas, e com isso uma gradativa erosão das mesmas. Tal prática acaba provocando o açoreamento dos rios da bacia, sendo dignos de menção os rios Taquari e São Lourenço.
O centro de maior importância na área da bacia do Paraguai é a cidade de Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso.

RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI
Porto no rio Paraguai para escoamento de soja do Mato Grosso: projeto de hidrovias pode prejudicar o bioma pantaneiro, alertam especialistas.
O rio Paraguai é um gigante que percorre quatro países. Ele nasce no Centro-Oeste brasileiro, no Médio-Norte matogrossense, e depois segue pela Bolívia, Paraguai e Argentina. Mas é justamente no começo do rio, na sua porção brasileira, que está a maior ameaça tanto a sua própria integridade quanto a de um dos biomas mais ricos e bonitos conhecidos pela humanidade: o Pantanal. A expansão do agronegócio (que já domina o norte amazônico do Mato Grosso), uma hidrovia e mais 126 empreendimentos hidrelétricos podem comprometer a qualidade do rio e provocar alterações no pulso de cheias e secas no Pantanal. Os danos ambientais ainda não foram corretamente calculados porque, segundo pesquisadores, o governo concede apenas licenças individuais para as obras, sem analisar a integridade do bioma. “Não temos um estudo que fale dos impactos para o conjunto de empreendimentos, por isso estamos solicitando aos órgãos gestores a suspensão de todas as licenças já concedidas até que outro estudo mais completo seja realizado”, diz Debora Calheiros, pesquisadora da Embrapa e doutora em limnologia (ciência que estuda rios e lagos interiores). Apesar de os empreendimentos serem, em sua maioria, as chamadas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), cujo impacto ambiental é considerado baixo, não se sabe o efeito de sua aplicação em larga escala. “São vários pequenos reservatórios num mesmo rio, com pouca distância entre eles. No final, o impacto é semelhante ao de um grande reservatório, alterando o fluxo de água e o pulso de inundação. Além do mais, as PCHs represam nutrientes e materiais em suspensão que são importantíssimos para o funcionamento ecológico da planície pantaneira, ou seja: mudam também a qualidade da água”, diz Calheiros. Segundo Dorival Junior, doutor da Universidade Federal de Mato Grosso, especialista em hidrelétricas, o boom de empreendimentos deste tipo no Brasil acontece por conta de um modelo de negócio extremamente favorável ao empresário. “Praticamente não há riscos. Através de um leilão o empreendedor consegue um contrato para cerca de 30 anos, sendo que na maioria dos casos o empreendimento se paga nos cinco primeiros anos, o resto é apenas fluxo de caixa”, explica Dorival. A estimativa dos especialistas é de que, juntos, os 126 empreendimentos no rio Paraguai não correspondam a nem 2% da energia gerada no país. Mesmo assim o Ministério de Minas e Energia não pretende abrir mão deles. Em nota o ministério afirma que a energia gerada na região é importante e estratégica para o país. A hidrovia e o agronegócio / Além das hidrelétricas, outros dois fatores pressionam a integridade do rio Paraguai: uma hidrovia e a expansão do agronegócio na região. “O desmatamento e a forma de produção impactam o rio. Assoreamento e insumos como agrotóxicos descem por ele e se distribuem pelo sistema de áreas alagáveis do Pantanal, contaminando as águas e causando prejuízos ao estilo de vida das populações tradicionais”, diz Solange Ikeda, doutora em biologia da Universidade do estado de Mato Grosso (Unemat).
Outro ponto é o antigo projeto da hidrovia Paraguai-Paraná. Hoje já circulam embarcações de commodities pelo rio, mas o projeto quer fazer modificações em seu leito a fim de possibilitar que embarcações com mais de três toneladas façam o trajeto 24 horas por dia. “A construção do porto visa escoar produção o ano inteiro. Isso implica em manutenção com dragagem em vários pontos em seu leito, pois, na seca, o nível é baixo”, afirma Ikeda. A luta pela integridade do rio é antiga. No dia 14 de novembro de 2000 o governo Federal preparava uma audiência publica em Cáceres (MT) para a instalação da hidrovia, mas a reunião acabou virando uma grande manifestação popular. O projeto foi embargado nessa época por conta de intervenção da sociedade civil junto ao Ministério Público (MP) e a data acabou virando símbolo de resistência. Todos os anos desde então é celebrado o Dia do Rio Paraguai. Na última celebração foi discutido um comitê formado por membros dos países banhados pelo rio. “Acho que o Comitê de Bacia Hidrográfica é um grande instrumento de articulação, definição de políticas e defesa do Rio Paraguai. Se for atuante, pode evitar a ocorrência de vários impactos e, principalmente, dizer qual a vocação do Rio, definindo quais atividades podem ou não ser desenvolvidas”, diz André Luis de Almeida, promotor de justiça de Cáceres. Mas enquanto o comitê não sai, as empresas de navegação continuam a solicitar obras de dragagem e articulam com o Governo Federal a construção da hidrovia. Apesar das sinalizações contrárias e da decisão da justiça de embargar a obra, o projeto figura na última lista do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC2) com um investimento de R$ 126 milhões.

RIO PARAGUAI
CARACTERÍSTICAS DA BACIA DO RIO PARAGUAI
O rio Paraguai nasce no Estado do Mato Grosso e desemboca ao sul no rio
Paraná, após receber vários tributários, principalmente da margem esquerda. A
oeste do Estado do Mato Grosso encontra-se a região do Pantanal, uma planície
extensa de 180.000km², onde a precipitação média anual é de 1.100 mm. Na parte
alta da bacia a precipitação média anual é da ordem 1.700 mm.
A declividade da planície do Pantanal é de aproximadamente 40 cm/km de leste a
oeste e de 2cm/km de norte a sul. Os rios da região têm capacidade de suportar
as descargas médias, mas, durante as maiores cheias, provocadas pelas fortes
precipitações que ocorrem na região do alto curso da bacia, alaga-se uma área de
aproximadamente 30.000km², correspondente à região do Pantanal Matogrossense.
A propagação das cheias do rio Paraguai se dá ao longo de vários meses do ano,
caracterizando o lento escoamento das águas no Pantanal. Isto se deve à
complexa combinação das contribuições de cada planície cujas lagoas e baías
funcionam como reguladores de vazão, acumulam água e amortecem a elevação
do nível, durante o crescimento da cheia, e cedem água durante a recessão.
Ocorrem enchentes locais em diversas regiões, ao longo do ano, dependendo do
regime de chuvas. Na região entre Cáceres e Cuiabá, o trimestre mais chuvoso
estende-se de janeiro a março, com ocorrência de níveis d’água elevados em
março. Na sub-bacia do rio Miranda, o trimestre mais chuvoso estende-se de
dezembro a fevereiro, com ocorrência de níveis elevados em fevereiro. Em
Cáceres, as cheias ocorrem entre fevereiro e março, recebendo contribuições
intermediárias a jusante, alcançam Corumbá, entre maio e junho, e Porto
Murtinho, entre julho e agosto. De Bela Vista do Norte até deixar o território
brasileiro, na foz do rio Apa. O rio Paraguai apresenta um hidrograma de enchente
muito uniforme, com apenas um pico anual, próximo a Forte Coimbra. A partir daí,
até a confluência do rio Apa, podem ocorrer pequenos picos devidos a
contribuições locais. Toda essa regularidade e a lentidão do escoamento
possibilitam a previsão de seus níveis d’ água com até um mês de antecedência.
RIO PARAGUAI
RIO PARAGUAI
À beira do Rio Paraguai, Cáceres atrai pela pesca e pontos históricos / Festival anual de pesca esportiva da cidade é o maior do mundo. Cáceres tem belezas naturais ainda pouco exploradas pelo turismo.
Além de sediar o maior festival de pesca de água doce do mundo, Cáceres, a 208 quilômetros de Cuiabá, oferece várias opções de lazer em pontos turísticos que relembram a história do período colonial, trilhas e safáris ecológicos. O turismo de pesca fluvial pelo Rio Paraguai movimenta a economia local e atrai milhares de turistas. Somente no último festival, mais de meio milhão de pessoas passaram pela cidade, segundo a Secretaria de Turismo do município.
Embora a pesca seja proibida em Mato Grosso no período da piracema, entre novembro e fevereiro, a qualquer época do ano a cidade está preparada para receber visitantes. Durante a piracema, de acordo com o empresário Armando Barriguela, os turistas não pescam, mas sair de lá sem comer peixe, jamais. Ele explica que os pescados são estocados pelos empresários dos setores hoteleiro e gastronômico.
"Estocamos peixe e servimos à vontade durante todo o passeio de 165 quilômetros pelo Rio Paraguai", disse o cacerense. Ele dispõe de uma chalana que passa por vários pontos turísticos localizados às margens do rio. À bordo da chalana por cinco dias, até 14 pessoas podem percorrer o rio passando pela reserva Taiamã que possui uma diversidade de animais silvestres e ninhais.
Um dos principais pontos de parada é a fazenda Descalvados, tombada como patrimônio histórico do estado. A propriedade se destacou na criação de gado e hoje mantém a arquitetura original de sua sede seguindo o mesmo estilo das grandes fazendas da época. Atualmente, o casarão construído em 1886 é uma das pousadas mais bem frequentadas da região. No local centenário também funciona um centro de pesquisa.
Logo na entrada, os visitantes são recebidos com os cantos dos pássaros que vivem nos inúmeros ninhos espalhados pela mata. Além dos sáfaris diurnos e noturnos, segundo o empresário Cairo Bernardinho da Costa, os hóspedes podem ter uma visão panorâmica da fauna, flora e da parte arqueológica em um voo de helicóptero com capacidade para quatro passageiros. Os prédios que passaram pelo processo de restauração foram tombados em 2001 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Há outros locais, no entanto, que são pouco explorados, como é o caso da Dolina Água Milagrosa, um lago que se formou em cima de um morro. Dona Aparecida Castrillon, proprietária do sítio onde fica a lagoa, explica que um mergulhador desceu mais de 180 metros de profundidade e não encontrou o fundo.
Segundo os moradores, a região servia de esconderijo para escravos que fugiam dos seus senhores. "Essa lagoa tem muitas histórias. Dizem que os escravos fugiam das fazendas porque eram açoitados e como a água é calcária, as feridas eram cicatrizadas", disse. Hoje é permitida apenas a entrada de mergulhadores profissionais, mas a intenção da dona do sítio é conseguir o licenciamento ambiental para que os turistas possam fazer flutuação.
Vale a pena subir um morro de mais de aproximadamente 200 metros de altura e descer uma escada de 165 degraus para ver de perto a obra de arte da natureza, como a equipe do G1 pôde comprovar. Ao final, do paredão rochoso está a lagoa de água extremamente esverdeada ou azul, dependendo do período, como explicou dona Aparecida.
'Cidade das bicicletas' /
Independentemente da idade, sexo e classe social, os cacerenses ainda têm a bicicleta como principal meio de transporte, como é o caso do vigilante Cícero Anastácio, de 61 anos. Ele diz que aprendeu a andar de bicicleta aos 8 anos e nunca mais parou. "Sempre gostei. Acho que não tem ninguém que ande mais de bicicleta do que eu", brincou.
Para oferecer comodidade aos clientes, a maioria dos supermercados da cidade de Cáceres possui estacionamento exclusivo para abrigar as biclicletas. O comércio local também destina uma área para o meio de transporte mais utilizado pelos cacerenses.
Diferentemente das grandes metrópoles, existem muitas oficinas de conserto de bicicletas em Cáceres e, inclusive, há uma concorrência entre elas, como é possível identificar pelas faixas de promoções expostas em frente aos comércios.
RIO PARAGUAI
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